A minha família vive numa chácara em Minas Gerais e cultiva couve, entre outras folhagens. Lá, minhas irmãs consomem a couve de muitas maneiras, inclusive em forma de suco. Mas elas próprias cultivam o que consomem. Esta é a diferença. Porque, de acordo com uma lista divulgada pela anvisa, em Brasília, quase tudo que comemos está contaminado pelo excesso de agrotóxicos. E a couve está lá em um dos primeiros lugares. A alternativa, para nós que moramos em cidade grande e não podemos ter uma horta no apartamento, é a couve orgânica.
A couve esta sendo chamada de bife vegetal pelo seu poder, mesmo grandioso, de nutrição. Comparada com outras verduras, está num patamar muito superior quando o tema são proteínas. Em tempos de revolução “verde”, onde ambientalistas defendem a redução da criação de animais (já que este seguimento da agro-indústria é tido como um dos maiores contribuintes para o aquecimento global), onde é cada vez maior o número devegetarianos, e também dos defensores de uma alimentação mais saudável, há alimentos que estão recebendo o título de “futurefood”, ou a comida do futuro.
Causa disso, as investigações científicas vêm centrando-se em descobrir quais são osvegetais que podem suprir a alimentação do ser humano de uma maneira mais completa, principalmente emproteínas. Como resultado, a couve já é chamada de bife verde. Além de ser totalmente capaz de suprir o organismo com as proteínas necessárias, contém um arsenal de nutrientes, que são fundamentais para a manutenção da saúde.
Inflamações como artrite, doença cardíaca, entre outras condições auto-imunes, estão associadas ao consumo de produtos animais. A couve, assim, é uma excelente alternativa, não só para substituir o consumo de carne (para os vegetarianos), como para que o organismo não sofra deficiência de proteínas (para aqueles que querem descansar o corpo do bife diário). Sendo um dos principais alimentos anti-inflamatórios no reino vegetal, é potencialmente indicada para prevenir, e até mesmo reverter essas doenças.
Por cada caloria, uma folha de couve possui mais ferro que um bife, e mais cálcio que o leite. Contêm grande riqueza em fibra, que é um macronutriente (leia-se que é uma necessidade diária do corpo humano). Quantidade insuficiente de fibras é uma das principais causas de desordens no aparato digestivo. Alimentos ricos em proteína animal, como a carne, possuem pouca, ou quase nenhuma fibra. Já uma porção média de couve garante 5% da ingestão diária recomendada
Fonte: 50emais